19 de novembro de 2011

Ópera da Solidão


O piano chora...
Dedos tentam se libertar
de cordas mais tremulas
e mais aflitas
do que aquelas
que agora desfilam sonoras.

A máscara se joga...
A alma tenta suícidio
ao se lançar
de uma face mais perigosa
e mais íngreme
do que molhados rochedos.

A voz ecoa...
Entre o palco
e a platéia vazia
as ruínas prestigiam
o último ato
da ópera da solidão.

Francielly Caroba
[Direitos autorais reservados lei 9.610 de 19/02/98]


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15 de novembro de 2011

Acontece...



Se as minhas
Paredes falassem
Elas não teriam
Nada para contar
Pois entre elas
Nada acontece
Fora delas
O mesmo se repete

Por que a pele estremece?
Por que a fruta apodrece?

Se as minhas
Perguntas andassem
Elas não teriam
Para onde ir
Pois para elas
Não existe resposta
Apenas vãs
E efêmeras propostas

O preto me cai bem!
A solidão também!

Francielly Caroba
[Direitos autorais reservados lei 9.610 de 19/02/98]