29 de julho de 2010

Porcelana



Pele de prata reluzente,
Olhos em chamas tímidas e cadentes.
Um olhar que risca o ar
Com força e raiva para quebrar
Espaços, espelhos e aparências.
Luz fugaz revela a transparência,
Ácido em caulim contido...
Não se espalhe em cuidados,
Pois a porcelana já está em cacos.


Francielly Caroba
[Direitos autorais reservados lei 9.610 de 19/02/98]

20 de julho de 2010

Salgado


Eu posso me ver nos seus olhos,
Meu desenho na sua retina
Me faz tímida...

No brilho da sua íris
Vejo meu reflexo
E me sinto viva.

No cair de suas lágrimas
Me torno líquida,
Misteriosa e sensível
Ao sabor salgado dos seus sentimentos.


Francielly Caroba
[direitos autorais reservados lei 9.610 de 19/02/98]

15 de julho de 2010

Advogado do Diabo

Culpado ou inocente?
Um réu indiferente.
Listando provas e evicências
Depois construindo as aparências,
Advogar é como atuar.
Defendo quem me contratar,
O olhar fixo sobre o julgamento.

Insinuando falhas legais,
Notificando jurís formais.
Ouçam minha voz que não desafina.
Estou disposto a muito mais
Não importam quais são os fatos reais.
Tanto faz a minha crença,
Entendo tudo desde que eu vença.


Francielly Caroba
[direitos autorais reservados lei 9.610 de 19/02/98]

6 de julho de 2010

Faço-te adormecer


Não resista
Apenas me sinta.

Vem para o meu colo
Deixa-me velar teu sono.

Não minta,
Deita...

Vem para os meus braços
Despejar teu cansaço.


Francielly Caroba
[Direitos autorais reservados lei 9.610 de 19/02/98]